De crises e atendimentos

Daí a pessoa passa por uma crise de cistite com direito a febre, calafrios e sensações muito bonitas só que não, falta ao trabalho, é "desatendida" por um profissional da saúde arrogante e que mal saiu das fraldas, é medicada, vai para casa preparar uma comida honesta e fortificante e dormir o resto do dia. Acorda no dia seguinte pronta para outra porque a vida é assim.

Já estou melhor, obrigada.

Fica mais uma vez o descontentamento com o nosso Sistema Único de Saúde e alguns de seus profissionais. Médicos que mal perguntam, vão logo aceitando o auto-diagnóstico dos pacientes, nem olham na cara, e enfim passam receitas sem maiores recomendações. Nada de "tome bastante líquido" ou "durma cedo" sequer... apenas pegue a receita, 1 comprimido a cada 12h e vá logo. Ah, e compre o medicamento porque o SUS não o fornece. 

Eu fico pensando se pensam que estão fazendo um favor à população, que estão trabalhando de graça ou simplesmente que estão dando esmola. Se for assim, sinto informar que estão redondamente enganados e que pagamos (e bem caro) por este atendimento deficiente e esta falta de medicamentos e subsídios. 

Justiça seja feita: desde a entrada no posto 24h, preenchimento de formulário (isso porque eu não tinha passagem pelo SUS neste Estado), passagem pela triagem (onde apenas temperatura foi medida e algumas perguntas feitas, mas pelo menos foram amigáveis), sala de espera e consulta não foram mais do que 30 minutos, se isso. A triagem com pulseirinhas coloridas segundo a prioridade do paciente, o sistema informatizado e a quantidade de médicos plantonistas faz com que o atendimento seja ágil.

O que não ornou foi a qualidade da consulta. E a falta do medicamento em questão, que não é dos mais incomuns.