junho 29, 2010

Sou relapsa, relapsa eu sou.

Com esse trocadilho infame com o grito da 'Celeste', finalmente dou as caras.
Mas, para terem uma ideia, a relapsidão é geral: ainda não terminei de subir para o orkut/facebook/tudoissoaí as fotos da Disney, não tinha baixado as fotos do último mes desde que voltei da viagem, e estou devendo e-mails diversos. Por que? Porque sim, oras, porque ligo o notebook e sempre tem alguém de casa (ou a Maria) e desando a conversar. E quando vejo, 10, 11 da noite. Pronto!

Junho tem sido um mes muito agradável, já que o verão aqui da até vontade de sair, conhecer lugares, percorrer. E tem a Copa também, né?
Dia desses estive com a Maria (sempre ela) em Wall Street passeando e procurando o famoso touro de bronze de Wall Street (que na verdade se encontra na Av. Broadway, por isso demoramos para encontrar). Caminhamos bastante, fomos parar no píer 17, vimos o finalzinho do jogo do Brasil (aquele contra a Costa do Marfim). Na verdade, logo depois de termos chegado no aglomerado de gente e descoberto que era o jogo o que estavam assistindo, e bem antes de descobrirmos para que lado chutava cada um, veio o gol da Costa do Marfim. Eta pé frio!
Pior foi ver um monte de gente levantando e comemorando o gol. Com a tal da camisa laranja. Tudo isso de torcedores do simpático país africano logo aqui? Pois é.
Mas então, vimos o touro, depois um cemitério de mais de 200 anos e depois o Ground Zero (onde estavam as torres gêmeas) que era pertinho também. Foi divertido, apesar de que caminhamos demais, e num calor que deixa o do Brasil leve, muito leve.
Mas antes disso, dia 15, estive em NY vendo o primeiro jogo do Brasil na ESPN Zone, e depois, sozinha, subi o Rockefeller Center até o topo, o andar 69, conhecido como o "Top of the Rock". A vista é linda.
Que mais tenho feito? Ah sim.
Sexta feira passada surgiu a oportunidade de assitir a um seminário sobre Photoshop CS5 com o fotógrafo e gênio do Photoshop Scott Kelby. O homem fala rápido demais, entendi um pouco mais quando os outros especialistas falaram. Teve sorteio de brindes bem substanciosos, como licenças de photoshop e cartões de desconto da B&H, mas é claro que não ganhei nada.
Mas no fim comprei dois livros de fotografia do Kelby, que já andava "namorando" há algum tempo. Leitura ótima, estou devorando.
Sábado tivemos uma linda programação na igreja com o quarteto Cânticos Vocal, do Brasil. Eles vieram para a Conferência Geral da Igreja Adventista, que está acontecendo em Atlanta (onde estive há um mês). Eu já sabia, e no início a ideia era programar essa viagem para esta época, a fim de visitar a Conferência também. Mas, não pode ser.
Mas enfim, a programação na igreja foi ótima, o quarteto é fantástico (nada de trocadilho com o filme, rs), e tuvimos um pastor dando ótimas palestras.
Sábado também foi o aniversário do meu apestoso, pulguento, sarnento, Galgo! (é meu irmão tá? Isso tudo é carinho. Ele sabe que adoro ele). Mesmo na distância, um grande beijo para ele com quem divido fotografia, arte, programas de humor, palpites futebolísticos, pé quente no dia do aniversário, formiguice,  além de cor de olhos e de cabelo e personalidade esquisita. Hahahahaha.
E domingo foi um dia muito esperado, fui finalmente assistir ao Ballet de NYC!
Foi muito lindo, era o encerramento da temporada de primavera, mas além disso era a dança de despedida de uma bailarina famosa, a última a ser escolhida e treinada pelo Balanchine, e a última que ainda dançava também. Espetacular, principalmente a última peça, o quarto ato do Lago dos Cisnes. Que coreografia! Bailarinas suficientes para parecerem um bando de cisnes voando, completamente coordenadas, organizadas até o último milímetro, o desaparecimento do vilão de maneira que simplesmente ninguém viu, enfim, beleza, beleza e mais beleza!

E agora, a fazer planos. Planos, desafios, decisões e economia, muita economia. Aguardem o que vem pela frente!

junho 14, 2010

A viagem

Não, isto não se refere a novela espírita nem a nada do gênero. É simplesmente o relato da MAIS MARAVILHOSA FANTÁSTICA VIAGEM JAMAIS VISTA A ATLANTA E ORLANDO.

Tá, um pouco de exagero. Mas viram agora como o título ia ficar grande demais?

Hahaha

Durante a tal viagem, fui anotando dia a dia (ou melhor, mais de uma vez por dia) no iPod, tudo que ia acontecendo. Assim, os relatos são mais fieis do que o que contei depois. E têm a emoção do momento!
Então, em 18 e-mails, aqui está o relato da viagem.

29 de maio, 11:20 AM
Em La Guardia, já dentro do avião e esperando para voar. Paguei um micão comigo mesma: chamaram para embarcar os cadeirantes e as pessoas com crianças de colo, depois chamaram certas fileiras SOMENTE, lá do inicio. Acho que até a sétima. Mas falaram rápido e eu não entendi, então entrei na fila também e ia perguntar pra atendente porque não tinha escutado direito, mas ela simplesmente pegou meu ticket, passou no leitor e me devolveu, não checou nada e nem deu bola quando tentei falar. Embarquei achando que estava certíssima, mas quando cheguei no avião vi o erro. Comecei a andar e andar, era a única na fileira 19! Mas ta, ninguém disse nada.


29 de maio, 12:00 PM
Diz "free wifi" mas o iPod não pega. Será que vai ser que nem o ônibus dos chineses?
[Nota posterior: depois li direito e diz "wifi aboard", não "free wifi". Ou seja, é pago. Não preciso disso.]


29 de maio, 8: PM
Cheguei em Atlanta, meio atordoada com a magnitude do aeroporto. Depois de achar o trem e de várias ligações com a Renata, conseguimos nos encontrar, na estação pertinho do meu hostel. A Renata já tinha estado lá enquanto me esperava (o que foi looongo, coitada), então me guiou. Horário na porta: de 8 a 11:45 e de 17 a 23:45. Pasmem, fora desse horário, a recepção não funciona! Tem uma campainha e você espera alguém
abrir, mas se estiver fora do horário, só deixa a mala armazenada e faz check-in mais tarde. Sala aconchegante, casa antiga mas muito bem conservada. Gostei. Além do japinha que nos abriu a porta e que disse ser seu primeiro dia hospedado ali, não tinha ninguém. Depois apareceu outro rapaz q saía com uma raquete na mão, e que me indicou onde deixar a mala. Também era um hóspede. Tudo muito familiar.
Saímos para andar, a Re e eu. Fomos até o Coca Cola World, mas eu não tinha intenção de entrar. Tiramos umas fotos e fomos para o prédio da CNN, que ela conhecia só por fora. Lá dentro, uma praça de alimentação, um complexo de prédios e um percurso (pago) que não fizemos pelos estúdios. Por dentro do prédio mesmo, se chega num estádio, que deu para deduzir que fosse do time de basquete local, os Hawks.
Na frente do CNN está o parque comemorativo do Centenário das Olimpiadas, o ....
No meio tem uma fonte, que é no chão, ou seja, os jatos saem do chão. É em formato dos aros olímpicos e é aberto para a criançada (e os adultos) brincarem na água. Que delicia!
Em certos horários há um show de água dançantes, que paramos para ver. Muito bonito. Nesses momentos, policiais em bicicleta e em carrinho de golfe cuidam que as pessoas não se aproximem dos jatos.
Depois caminhamos mais um pouco, todos estes lugares são um ao lado do outro, muito perto. Daí a Renata foi pegar o trem dela e eu voltei para o parque e sentei na grama deliciosa, e daqui estou escrevendo este texto. São 8 horas da noite e continua sendo dia claro.



30 de maio, 1:58 AM
Bom, cheguei no hostel para fazer check in às 10 da noite. Morrendo de fome, ainda o check in foi interminável. Tem que pagar pela internet, mas é 5 dólares por todo o tempo que ficar. Como vou ficar 4 noites, vale a pena.
Me asignaram uma cama de baixo (aqui são numeradas) e me falaram que, caso prefira outra das que estão disponíveis, que avisasse na recepção. Tudo bem. Subi para o quarto e na minha suposta cama já tinham estendido lençóis e coberta. Desci novamente para avisar que minha cama já tinha outra dona, enfim, perrenguezinho básico. Meu inglês está sendo treinado à força.
Só depois disso tudo fui jantar o veggie burger com fritas que tinha comprado no caminho. Na descrição no menu do restaurante: 'não contem nada além de comida de coelho'. Achei simpático. Realmente estava bom, apesar de um pouco picante. Que novidade, né Maria?
E fiquei de bobeira no iPod, até que minha alma-gêmea no mundo au pair (a  Maria) apareceu. Quando decido ir tomar banho e dormir, lembro que não comprei cadeado para o locker. O papel diz para comprar na máquina que está na sala, mas parece que acabou. Vou até o balcão me informar, e me dizem que tenho que comprar na Walgreen 24 horas que tem ali a 2 quadras. Vou né? 1 hora da manhã.
E pronto, tomei meu banho sem toalha porque aqui não tem e esqueci de trazer. Lembrete: comprar uma toalha amanhã.
Boa noite!



30 de maio, 1:15 PM
Domingão, ta quente mas nublado, uma delicia para caminhar. Decido ir primeiro no World of Coca Cola, vou andando já que não é difícil de localizar. No caminho, paro para tirar umas fotos de uma casa antiga e um senhor começa a conversar comigo, contando a história e um pouco de arquitetura das casas antigas. Mais adiante, mais pessoas me cumprimentam, e depois vejo um rapaz que ajuda os turistas a se localizar, e, claro, depois espera uma gorjetinha. Mas as dicas foram úteis e o rapaz merece. As pessoas em Atlanta são simpáticas e acolhedoras com os turistas, e isso não acontece nos Estados mais do norte, que já conheço. Falo principalmente de pessoas negras, que muitas vezes atendem de muita má vontade, isso porque estão trabalhando, nem falar quando alguém pede uma informação. A 'hospitalidade sulista' existe mesmo.
O World of Coca Cola é legal, é incrível como eles mexem com as emoções das pessoas. Os marketeiros estão de parabéns mesmo. Uma pessoa fantasiada de urso polar posa para fotos o dia inteirinho, o urso é incrivelmente expressivo e realmente brinca com as pessoas, não só posa quietinho.
O 4-D theatre também é incrível, com vento, água, solavancos e até uma aguilhoada nas costas, ambientando-nos ainda mais.
Outra sala passa propagandas de Coca ao redor do mundo, é impossível não rir (ou chorar) ao se lembrar de algumas. Galgo, você iria gostar.
Depois, enormes dispensers com mais de 60 bebidas licenciadas pela Coca, para provar à vontade. Algumas boas, outras horrorosas. E finalmente, te dão uma garrafinha de presente e te encaminham para a enorme loja, de onde é impossível sair de mãos vazias.
E agora, do lado de fora da loja, digito e aproveito uns pingos de chuva de verão que acabou de começar. Mas dizem que passa logo. :)



30 de maio, 6:06 PM
De lá decidi que já estava meio tarde para ir no History Center, e preferi ir conhecer a casa de Margaret Mitchell (a autora de GWTW- que é a sigla em inglês de E O Vento Levou, ta?). Fui andando mesmo, que é a melhor maneira de conhecer.  Até porque, ficava a 2 ou 3 estações de metrô do lugar que estava. E porque, realmente, a chuva não foi mais que uns pingos desencontrados e parou.
Conhecer a casa foi fantástico! Pense numa pessoa que leu o livro 11 vezes... Fiz o tour, que começou logo depois que eu cheguei, pelo apartamento onde MM escreveu a obra, única da sua vida. Aprendi detalhes e curiosidades que não conhecia e até conjeturei (em inglês) sobre uma das possíveis inspirações. As outras pessoas que acompanhavam o tour (três coreanos já de idade e duas garotas americanas) riram quando o guia perguntou se alguém tinha lido o livro e eu disse: sim. Onze vezes.
Depois fiquei mais de uma hora vendo um documentário sobre o filme e tirando fotos de quadros, reproduções e outras curiosidades. Finalmente passei na lojinha e deixei uns 40 dólares lá, mas não me arrependo. Comprei coisinhas lindas.
E dai como estava perto do hostel, decidi voltar para largar as sacolas e tomar um pouco de ar. Já disse que o hostel é uma casa muito antiga? Os quartos tem uma varanda bem grande, onde vim sentar para escrever e pegar um ventinho. Chove agora, cheguei bem a tempo!
O clima aqui parece muito mais com o Brasil do que os Estados mais ao norte. Essas chuvas de verão, a vegetação, não sei. E a cidade também é mais Brasil, com ladeiras e subidas. New York é muito plano, sempre me chamou a atenção.
Bom, vou descansar mais um pouco e ver se a chuva para, assim posso sair de novo. Nem que seja à procura de um supermercado onde comprar algo para jantar, alguma fruta e uma toalha! Hahaha.



31 de maio, 01:53 AM
Já é alta madrugada e eu ainda não dormi. Mas estou pronta, é só fechar os olhos.
Acontece que aqui escurece tão tarde, às 9 horas ainda não está completamente escuro, então a noite avança muito mais depressa.
Bom, quando larguei o relato e mesmo sem ter parado completamente a chuva, troquei de roupa e saí. De tênis, caminhar era mais fácil. Minha intenção era pegar o metrô e descer três estações para o Sul até Five Points, que é o centro mesmo de Atlanta, onde se cruzam as linhas. Mais ou menos a praça da Sé.
Mas aí então quase chegando na estação para pegar o trem, avistei um japinha que está no mesmo hostel (que é o único de Atlanta, ta?) que vinha voltando com uma sacola de Target. Então perguntei como chegar, e ele indicou ir até Five Points,  trocar de trem para o leste e andar 3 estações. Ótimo! Imaginei que a cidade continuaria, feliz e contente, até lá. Mas quando desci na estação indicada, só via árvores, residências e uma imensa "garagem" de vagões de trem, com os trilhos passando por baixo da estação inclusive. Mas, alguns pedidos de informação e consegui chegar ao fim do mund... Digo, à Target. Tinha também banco, Barnes & Noble, etc, mas era como um centrinho separado da cidade.
Comprei uns alimentos para fazer uma refeição decente pelo menos, e uma toalha bem boa por $ 3,50. Empreendi, então, a viagem de retorno. Não é difícil, mas é fora de mão.
No que desci na North Avenue Station de novo, aproveitei para tirar umas fotos do Fox Theatre, que fica de caminho para o hostel. Que aliás, é super bem localizado. Não sei que evento estava acontecendo, talvez uma premiste de algum filme. Será que isso ainda existe? Bom, a questão é que estavam saindo umas pessoas (negros) muito bem vestidos, mulheres de vestido de cetim e sandálias altíssimas, homens de terno branco ou listrado em tons pastel. Gala mesmo! Muito interessante.
Mas enfim, cheguei no hostel, jantei minha salada pronta com macarroni & cheese e uns rapazes me convidaram para jogar 21 com eles. Curiosa que sou, aceitei. E agora sei jogar 21, apesar de não ser muito boa de estratégia.
E assim termina meu segundo dia de ferias.



31 de maio, 12:25 PM
O dia não amanheceu lá essas coisas. Acordei cedo, me arrumei e desci para o café. Chovia muito! Ainda tinha que telefonar para o escritório responsável pelo tour em Jonesboro porque não consegui achar como chegar até lá. A surpresa é que, apesar de terem tour hoje (que é o feriado de Memorial Day), não tem ninguém trabalhando no escritório. Contatei empresa de transporte, etc e tal, mas o ônibus para lá (Jonesboro é outra cidade, se bem que muito próxima de Atlanta) não opera hoje em virtude do feriado. Deixo, então, minha raiva se acalmar um pouco e ligo de novo para o escritório, para registrar reclamação na secretaria eletrônica. Bom, amanhã tento ver se é possível recuperar ou fazer o tour amanhã.
Decidi então visitar o Atlanta History Center, [Nota posterior: a chuva parou pouco depois de tomar café, enquanto ainda tentava resolver a estória dotour] um museu que conta a história de Atlanta sob vários aspectos. Trem, ônibus (mais um perrenguezinho quando cheguei na estação de trem e não tinha o número do ônibus que eu precisava. E não tinha ninguém para perguntar! Ainda bem que apareceu uma mulher mexicana simpática que ia pegar o mesmo ônibus e me indicou que o número tinha mudado. Só isso). Desci na rua indicada, andei mais umas 3 quadras e voilà! Um museu lindo no meio do mato. Depois dessa chuva então, parece muuuito com o Brasil.
E aqui estou, sentadinha no anfiteatro esperando começar a visita guiada por uma granja restaurada de 1850. Alguém duvida que está sendo ótimo?



31 de maio, 9:56 PM
O passeio pelo museu acabou mesmo sendo o único do dia. Mas também, o museu é muito grande! É um grande parque de 33 acres, com duas casas restauradas onde se fazem visitas guiadas: uma é uma granja de 1840 que foi transportada para lá mas que era localizada a 6 milhas de distancia e reconstruida. Os guias usam figurinos de acordo, os cômodos, móveis e objetos todos recriam a vida no século XIX. Além da casa principal, a cozinha com ervas penduradas secando e autentico cheiro de fumaça, os prédios para lavar roupa, fazer manteiga, trabalhar madeira, ferro, lugar para os animais (que não tinha), etc. Muito bem feitinho, pena que não podia tirar fotos do interior da casa. Mas tirei do resto.
A segunda casa, bem diferente por sinal, é uma mansão construída nos 1920, e que a sociedade histórica comprou junto com o terreno para fazer o museu ao redor. Uma casa bem linda, claro, com piso de mármore preto e branco, grandes salas de jantar e biblioteca, tudo feito por um casal abastado para ser um retiro pessoal. Meio faraônico, mas enfim bonito. O jardim é muito lindo, com fontes. Tudo num estilo clássico, simétrico. Também não se podia fotografar dentro do prédio.
Dei a volta no jardim todo, que é grande e no centro, entre os prédios, tem uma descida, um poço mesmo, gigantão, formando outro jardim. Duas casinhas de brincar: uma vitoriana, estava trancada. A outra era mais moderna e se podia entrar. Me senti a própria Alice, na casinha com teto baixo e poltronas pequeninas de vime.
Então voltei para o prédio do museu para percorre-lo com calma, já que quando cheguei estava quase na hora do tour da granja e fui direto pra lá.
O museu tem tudo que se relaciona com Atlanta. Uma exposição grande e emocionante sobre a Guerra Civil, bem detalhada e inclusive com peças originais: roupas, espadas, objetos com identificação, com histórias. Outra sobre folk art, não só arte manual mas também música, contação de estórias, até uma igrejinha com áudio de cânticos, etc. Bem interessante.
Depois uma exposição sobre a história do golf que passei meio por alto porque não gosto do esporte. Então uma exposição bem completa sobre os Jogos Olimpicos de 1996, que foram em Atlanta, e também uma história dos Jogos Olimpicos da era moderna. Novamente, muitas peças originais, que tornam a exposição ainda mais interessante, e também um 'laboratório dos jogos olímpicos', onde cada um pode testar seu desempenho em mountain bike, remo, salto em distância...
Finalmente uma seção com a história detalhada de Atlanta, desde os tempos dos cherokees até os dias de hoje, com a diferença que nesta os objetos se podiam tocar. Adornos, replicas de casas de diferentes épocas, carros... De tudo!
Quando terminei já eram mais de 5 horas e decidi dar uma passadinha na loja antes de que fechasse, às 5:30.
Saindo de lá, vi uma lanchonete que já tinha visto na ida. Era toda ambientada de anos 50, desde os jukeboxes até as taças de sorvete. Nem tentei resistir às opções do menu, e comprei uma porção mista de batatas fritas e arinhos de cebola. Delicious! Depois ainda pedi um super sundae, de filme! Sorvete de creme, calda quente de chocolate, chantilly e uma cerejinha em cima, tudo numa taça lindona.
Depois dessas aventuras todas, decidi dar meu dia por encerrado e peguei o ônibus e o trem de volta para o hostel. O bom daqui, é que ao pegar um trem e um ônibus a seguir (ou vice versa) só se paga uma passagem. A outra "integra".
Cheguei no hostel, tomei um banho e agora estou descansando na sala comum. Aos poucos, todo mundo vai chegando da rua.



01 de junho, 2:00 PM
Terça feira, acordo cedo para ver se consigo resolver a questão do tour de ontem. Está bem nublado, mas minha vasta experiência de 3 dias aqui me diz que a chuva, caso venha, acaba rapido.
Liguei para um e outro lugar, mas no fim o veredicto: eu perdi o tour, a responsabilidade é minha e não podem fazer nada. Ótimo. Beleza. Não estaria nada mal uma notinha no site, logo depois das explicações sobre como chegar DE CARRO, dizendo que NÃO HÁ transporte público até lá.
Mas então, decidi pegar o trem e ir até o King Memorial, um complexo construído em memória de Martin Luther King. É um bairro inteiro, contem desde a casa que ele nasceu (e uma rua inteira de casas preservadas), o túmulo, a flama eterna (qual é o nome em português mesmo?), a igreja onde ele começou as pregações, e vários centros de estudos e exposições.
Mas ante disso, fui conhecer o cemitério de Oakland, onde está o túmulo de Margaret Mitchell e de vários oficiais do exército Confederado, assim como de outras personalidades de Atlanta. Antes que alguém torça o nariz e diga "uii, sua macabra", explico que este cemitério é uma atracão turística, tem até centro de visitantes e vende de camisetas a livros de culinária sulista. Tem também um lugar onde uma placa indica: desde aqui o General Hood observou a batalha de Atlanta (durante a guerra civil).
Depois disso sim, vim para o bairro de M. L. King, e agora sentei para descansar porque meus pezinhos estão doendo.



01 de junho, 5:00 PM (horário aproximado).
Cansada, cansada, sento alguns minutos  para descansar, mas logo prossigo. Não quis fazer o tour dentro da casa de M. L. King, porque estou cansada de tours. Ficar um tempão de pé e escutando as explicações dos guias é útil, mas cansativo. Eu não tenho muita paciência para essas coisas não.
Em vez disso, passeei pela rua da casa e vi essa e outras casas que hoje são protegidas pela associação do museu, e que dão uma ideia de como era o bairro. Vi também a antiga estação dos bombeiros, que hoje é museu e lojinha de souvenirs (minha parte preferida). Comprei 3 livros do tipo "thrift book" (feitos de papel reciclado, em edições económicas). Um sobre relatos de ex-escravos, outro sobre uma mulher escrava que lutou pelos direitos das mulheres, e o outro sobre a declaração de Independencia Americana e outros documentos.
Depois peguei o trem de volta, mas desci em Five Points, para conhecer essa parte tão importante, o centro mesmo da cidade, onde as ferrovias se encontravam e a cidade surgiu. Hoje é parecido com o centro de qualquer outra cidade, com muitas lojas, pessoas, barulho, cheiros diversos, etc.
De lá vim andando até o CNN building, onde já estive com a Renata no sábado.
Uma conclusão que tirei nesses quatro dias de experiência: os cidadãos de Atlanta não são muito chegados em caminhada, principalmente distâncias mais longas: ao perguntar, em Five Points, como chegar aqui, duas mulheres me advertiram que era uma longa caminhada. Bom, em 15 minutos fiz a tal da longa caminhada. E tem mais: as estações de trem são bastante perto uma da outra. Por isso tudo tirei essa conclusão.
Nem imagino como esse pessoal se viraria em São Paulo.
Bom, mas a questão é que cheguei e pude sentar e saborear uma fatia de pizza, já que meu almoço hoje foi dois pacotinhos pequenos de salgadinho.
Acho que vou trocar meu tênis pelo chinelo que carrego na mochila e ir me refrescar nos jatos do Olympic Park, que é aqui na frente do CNN.



02 de junho, 6:00 AM
6 da manhã e já estou, com minhas malas e compras, no trem rumo ao aeroporto. Na última hora, me liguei que a garrafinha que ganhei na Coca Cola ia ser um problema, por conter quase 300 ml. Mas gostei taaanto dela! Então, minha ideia genial foi abri-la, colocar o refri na minha garrafinha de viagem com gelo e trazer embora a garrafinha vazia. Voilà! Até a hora de embarcar, já me tomei a Coca e pronto!
Divagações da madrugada.
Ontem no fim fiz exatamente o que tinha dito: troquei tênis por chinelo e desci para os jatos da praça olímpica. A diferença foi que cheguei em cima da hora para o show das águas, o que não esperava em ver novamente. Foi bem bonito, e depois dos 20 minutos da apresentação até fui, timidamente, me molhar um pouco. Mas durou pouquinho: logo uma nuvem negra se formou, começou a trovejar e então fecharam a fonte (desligaram as águas) para que todo mundo fosse embora. Dois minutos depois caiu um toró daqueles. Fui andando debaixo da chuva, mas quando ficou mais forte tive que parar adivinhem onde? Numa lojinha de souvenirs, claro! Ho ho ho.
De lá voltei andando para o hostel, o que dá uns 20-30 minutos. E, ao finalmente chegar e sentar para descansar, percebi que caminhei, tirando breves paradas, das 9:30 às 20 h.



02 de junho, 10:51 AM
Bom, estou em Orlando! Missão cumprida, ou quase. Ao sair do aeroporto para procurar o ônibus que me leva até o hostel, fui para a esquerda. Como a chance de 50% é a preferida da lei de Murphy, os ônibus eram à direita e quando cheguei no ponto pude vê-lo ir embora. Bom, agora tenho alguns minutos para atualizar aqui. De qualquer maneira, o check in do hostel começa às 11.
O que dá para ver é que Orlando é muito verde, tem muitas palmeiras e muitos lagos (e jacarés, pelo que tenho entendido).



02 de junho, 10:57 AM
O motorista do ônibus é um grosso. Chegamos num mall, todo mundo desceu, mas no meu papel diz que é para descer na Disney para transferir para o outro ônibus. Perguntar, né?
O cara foi logo cortando, perguntou aonde vou, e mandou sentar de novo para o resto da viagem. Ônibus parado esperando mais passageiros subirem e motorista lendo jornal. Legal né? Me diz como é que eu ou saber que o ônibus continua? Peguei o bus no aeroporto, estou cheia de sacolas, não está meio que na cara que não sou daqui?



02 de junho, 10:45 PM
São mais de 10 da noite e estou sentadinha no ônibus que transporta, de graça, os turistas para os hotéis (da Disney, claro). Só que eu sou pobre e não fico em hotel da Disney. Vou neste até um desses hotéis, para pegar outro ônibus de graça até o ticket center, que é onde para o #56, que é ônibus público normal e me leva até o hostel. Não que seja longe (bom, na verdade é sim. Já vi que aqui em Orlando, exatamente o contrário de Atlanta, a cidade é enorme e espalhada), mas na verdade são muitas rodovias, muitas idas e voltas. Já passei várias vezes pelo mesmo lugar.
Mas não tem problema, porque estou aqui para me divertir e porque a temperatura dentro do ônibus é realmente muito agradável. Tanto na Georgia como aqui, a maioria dos lugares tem ar condicionado.
Então, para dar continuidade ao relato, hoje no fim consegui chegar no hostel e registrar... Bem na hora, porque a mocinha estava indo embora. Aqui também fecham a recepção ao meio dia e reabrem às 5. Sorte minha!
O quarto é legal, agradável, tinha umas 3 camas ocupadas mas não tinha ninguém. Coloquei uma roupa mais fresca e saí. Segui o conselho da moça da recepção e fui em Downtown Disney, já que é de graça e seria um desperdício ir a um dos parques hoje, já que é 1 hora da tarde. Bom, era 1 e pouco quando saí do hostel, mas cheguei em Downt. Disney depois das 3. Só para ter uma ideia. O soninho de quem acordou às 4:30 começou a fazer efeito, mas ao chegar no D.D. passou tudo. Até agora, não voltei a sentir sono!
O lugar é bem lindo! É Uma parte que concentra as lojas da Disney, com toda a magia correspondente, e muitos restaurantes temáticos, lojas, o Planet Hollywood, o Cirque du Soleil, etc. Percorri tudo antes de decidir comprar qualquer coisa, mas também quando abri a mão me custou para fechar. São tantas tentações! A maioria das coisas, na verdade, está na loja da Disney em NY, que eu já visitei um par de vezes. Mas sendo aqui... Ah, é outra coisa!
A vontade mesmo era de sair comprando tudo! Me vê um de cada, faz favor? Hahaha.
Tinha a loja de brinquedos, dividida por assuntos (princesas, star wars, clássicos, meninos... Bom, vocês entenderam), a loja de camisetas, onde cada um podia escolher cor, desenho e até por uma frase própria. A loja de doces, de encher os olhos e o olfato. A de produtos para a cozinha, que é uma das minhas preferidas (uma das, notem bem), a de roupas e acessórios (caríííssima, não comprei nada), e até a loja DE NATAL. Em junho! Na verdade, durante o ano todo. Também não comprei nada lá, mas fiquei com vontade. O problema é que os enfeites são muito frágeis e tive medo de comprar e acabar quebrando. Tinha também loja de natureza, de dinossauros, o espaço Lego... Ah, nem consigo enumerar, só vendo as fotos.
Ah, o D.D. além disso é construído do lado de um lago, então tem um barco que transporta as pessoas pelos três pontos principais do parque. Quando cheguei ao final e já tinha visto tudo, peguei o barco para voltar ao começo. Uma delícia!
Ahh ia me esquecendo do balão! Pois é, tinha um balão de gás (mas hum, acho que era operado por eletricidade, sei lá), que ao invés de cestinha baixo tinha uma plataforma circular. As pessoas entravam, o balão subia 400 pés (conversor please) e descia. Simples assim. A vista de lá em cima deve ser maravilhosa, não sei porque não subi. Sei sim: era muito caro.



03 de junho, 1:33 AM
Os perrengues para chegar no hostel foram vários, que não vou nem detalhar para não ficar chato, mas comento que acabou com uma corrida de taxi de um motorista-casualmente- português.
Agora já está tarde e vou dormir. Amanhã, Magic Kingdom!

03 de junho, 8:50 AM
Não são nem 9 horas e o sol da Flórida já arde na pele. Estou no ponto de ônibus, esperando o #56.
O hostel é legal, no meu quarto tem uma au pair paraguaia, e uma brasileira que também se chama Mariana, e duas turistas: uma australiana que só se entende a metade do que fala e uma inglesa super alegre. Todo mundo gente fina, converso em três línguas.

04 de junho, 9:32 AM
O que dizer de Magic Kingdom? Amazing!!! Mais do que isso... Awesome!!! Sem palavras.
Realmente, eles não poupam criatividade nem recursos. O parque é lindo. Os brinquedos são muito legais e tem para todas as idades. O que mais gostei foi o Splash do Quincas, fui três vezes! (devia ter ido só duas, por causa da terceira perdi o bus de volta para o hostel). O parque tem 5 áreas, todas elas lindas demais: aventura, fantasia, futurista, a mini cidade na entrada, onde tem musicais pelas ruas a toda hora, e o liberty square, que tem um show dos presidentes americanos num teatro, além da mansão mal assombrada e outras coisas. Os que mais gostei além do splash do Quincas:
- A montanha russa do deserto. O carrinho é um vagão e uma locomotiva vai na frente, no melhor estilo "trem desgovernado" hahaha.
- O brinquedo de laser do Buzz Lightyear. É um brinquedo de carrinho como vários outros, mas o carrinho tem um arma laser e você vai "acertando" alvos no cenário espacial.
- A montanha russa indoor espacial. Apesar de que era bem puxada e na metade já queria descer. Hahahaha. Ah, e era no escuro. Só se viam luzinhas como estrelas.
- O percurso (também do tipo de carrinho, que a pessoa senta e vai sendo passeada por água ou por trilhos) do Jack Sparrow. Tudo pelas cavernas, com bonecos que no escuro parecem gente (ai ai capitão Sparrow!) e até um cenário de batalha com canhões "atirando" na água e tudo.
- Os percursos dos diferentes personagens: da Branca de Neve, do Pooh, o de todos os países do mundo... Tudo muito lindo e bem feito.
- O Phillarmagic, filme em 3D com várias das músicas mais lindas da Disney. Os outros shows musicais também são um sonho.
- O show na frente do castelo com Mickey e turma e as princesas Branca de Neve, Cinderela e Aurora e príncipes dançando (essa parte é de chorar mesmo, de tão bonito), e mais o Peter Pan, Wendy, Gancho e Smith e a bruxa da Bela Adormecida. Com efeitos e fogos de artifício. Lindo demais!
- O desfile da noite com todas as luzes, os carros, a música...
- Tem muitas coisas mais, tudo é lindo, tive que me concentrar para não sair que nem barata tonta para ver tudo.

Hoje, após umas poucas horas de descanso, estou indo para Animal Kingdom. Muito feliz com tudo!



05 de junho, 12:18 PM
Animal Kingdom foi... Animal.
Trocadilho tosco.
Mas é bem isso.
Não iguala o Magic não, mas faz bonito. É um parque dentro da floresta mesmo!
Tem uma parte com safari, e eu nem gosto muito dessas coisas, mas aqui os animais parecem bem cuidados. E os espaços são bem amplos, eles não precisam estar perto das pessoas (o que, convenhamos, deve ser bem incômodo).
O parque tem uma parte da Africa, uma da Asia, uma sobre dinossauros, o acampamento de Minnie e Mickey e a ilha central. Ah, e o Planet Watch que é de coisas de animais e só se chega lá por trenzinho. Não fui nesse.
As partes da Asia e Africa foram as que mais gostei. Os prédios são todos temáticos, é bem bonito. Especialmente a parte da Asia.
Gostei especialmente dessa parte porque lá estavam os dois brinquedos que gostei  mais: a montanha russa temática do Everest, que é assim, uma montanha. Mesmo. Tá, de mentira. Mas imita o Everest direitinho. E a montanha russa é a melhor que já subi na vida. Em certo ponto o carrinho para e começa a andar para atrás. Em velocidade de montanha russa! Depois dentro de um túnel aparece projetada a sombra do Yeti arrancando os trilhos. E a queda? De lá do alto, vai com tudo! Adorei!
Mais tarde fui tentar subir de novo, peguei fast pass e tudo, mas na hora de ir lá, um pouco antes tinha caído uma chuva e eles não arriscam a ligar os equipamentos molhados. Até a hora que o parque fechou (6 da tarde) não tinha voltado a funcionar. Pena!
O outro brinquedo bem legal também na Asia foi a descida do rio. Nesse sim, consegui subir duas vezes. É um rio mesmo! Só que com trilhos. Os "barcos" são circulares e vão girando, e as pessoas tem que estar dispostas a se molhar! Saí ensopada nas duas vezes. Passa no meio de jatos, corredeiras, enfim, muito bom! Com o calor mesmo, se molhar lá é uma delícia!
A aventura dos dinossauros é bem legal também, mais de susto do que de velocidade. Visitei também o show do bug's life assim que cheguei, pois estava perto da entrada. É em 3D com a "participação" dos personagens (bonecos), e toda a magia do 3D e dos efeitos especiais, que simulam até que os insetos passam correndo por debaixo dos bancos.
Lindo também o show do Rei Leão, mistura de circo de acrobacias e show musical, com o Timão de anfitrião e as músicas do filme. Muito divertido! Filmei vários momentos. Infelizmente, perdi de ver o de Nemo, que dizem ser muito bom. Mas sempre que passei por lá, o show já tinha começado e o teatro, fechado.
Uma coisa que não contei ontem foi os characters, os personagens da Disney que ficam em certos lugares do parque, posando para fotos, fazendo gracinhas e assinando autógrafos. É claro que não me importei que os adultos nas filas estavam, basicamente, com suas crianças. Eu era a única pessoa de 25 anos com o livrinho de autógrafos na mão e a câmera na outra, pedindo para tirar foto com eles. Hahaha. Me diverti pra caramba! Virei até namorada do Pateta! Hahaha dancei com ele, mas depois o Pluto quis me levar embora e o Pateta ficou bravo. Finalmente decidiram ir cada um de um braço. Foi muito divertido!
Aí depois como o Animal Kingdom fecha às 6, voltei cedo para o hostel, organizar minhas coisas todas. E hoje dormi um pouco mais, peguei tudo e já saí rumo ao aeroporto. Vou levar essas férias para sempre na minha memória e no meu coração!

Bom, termina aqui. As fotos, ainda estou subindo para o orkut e o facebook. Vou aos poucos, é algo demorado de se fazer, principalmente pôr as legendas. Mas em questão de uns poucos dias, acabo tudo. Prometo! Hahaha.

junho 10, 2010

Voltei

Estou em falta com os posts da viagem, mas está tudo pronto. Fui anotando tudo durante a viagem, agora é só dar uma revisada.
Talvez amanhã faça. Não prometo nada. Hahahhaa.