março 01, 2015

1 ano

 Pois é, chegamos. Ou quase.
O aniversário oficial da Hadie é terça feira, mas já estou adiantando o post porque do jeito que as coisas andam, se deixar para o dia ela acaba fazendo dois aninhos antes que consiga publicar o post.
Mas mesmo faltando dois dias para o grande evento, considero que já está na faixa aceitável do aniversário, então vamos lá.
Há um ano exatamente, eu teria minha última noite inteira, meu último dia de barrigão, meu último dia sendo dois-em-um. E então, o ano mais magnificamente incrível, mais louco, mais intenso e difícil estava para começar.

Ela chegou ao mundo exterior cedinho, às 6:25 da manhã da segunda feira de carnaval. No tempo dela, sem ninguém apressar. 
De início, gostava de longas sonecas que lhe lembrassem do aconchego do útero, para desespero dos pais que tentavam acordá-la para mamar, sem sucesso. 

Logo aprendeu que para encher a barriguinha precisaria mamar, e para mamar precisaria  acordar e se fazer ouvir. Descobrindo que o mamazinho saciava essa sensação de vazio interior, também descobriu que o calorzinho e cheirinho do corpo da mamãe eram tudo-de-bom, e assim decidiu que o colo era seu lugar preferido e que iria ficar nele todo o tempo que pudesse, de preferência usando essa chupeta natural, quentinha e sempre disponível que é o peito da mamãe.

E assim foi e tem sido, até agora (literalmente, enquanto escrevo isto com uma mão só, com a outra seguro os quase dez quilos de pura fofura que continua mamando até cair no sono).

Aos poucos, ela descobriu outras coisas: pés, mãos, como sorrir, sentar, engatinhar... hoje ela anda apoiada em móveis, desce sozinha do sofá e da cama dos pais (truque que o papai ensinou, e que ela intrepidamente masteriza a cada tentativa, com uma pontinha de angústia de minha parte), diz que não com a cabeça, aponta fazendo 'hum hum' quando quer alguma coisa. 

Ela come bem. Sempre comeu. No início da introdução alimentar amava frutas e verduras, hoje em dia está mais seletiva mas continua sendo boa de garfo. Milho, uvas (frescas ou passas), manga e pão são seus alimentos preferidos. Come bem feijões de diversos tipos, cereais, cenoura cozida, abóbora, beterraba, aipim, abobrinha... a preferência por frutas muda a cada semana e se reveza entre as preferidas, porém além da manga e das uvas, tem se interessado por sabores azedinhos como acerola. Melancia não come de jeito nenhum.

Gosta de experimentar, e nós temos tentado encorajar essa curiosidade. Estivemos recentemente numa chácara de parentes, onde tivemos (eu e ela) a chance de provar siriguela pela primeira vez. Estava eu com as frutinhas na mão e ela no colo, distraída com alguma coisa, quando ela pegou uma siriguela da minha mão e foi logo mordendo, e assim continuou até acabar e querer mais!

Um ano que passou tão rápido, apesar de que alguns dias (principalmente no início) pareciam intermináveis. Um ano em que de um pacotinho de pouco mais de dois quilos e meio ela se transformou numa bela bebezota com tornozelos aparecendo através das calças que até ontem eu dobrava as barras, e hoje já estão curtas. 

Ela que berrava loucamente se a deixasse por um minuto no berço para poder fazer um rápido xixi (ok, ela ainda faz isso às vezes), hoje se afasta engatinhando e após alguns metros, quando a chamo, vira, me olha com um sorrisinho maroto, acena algo que significa um 'tchau', e volta a engatinhar, para explorar o mundo desde sua perspectiva de rodapé. 

Ela cresce tão rápido, que às vezes gostaria de, como alguém me disse ontem na igreja, "colocar numa caixinha e não deixar mais crescer". 

Mas não. Quero que ela cresça. Muito. Que se desenvolva, se estique, cresça, cresça, cresça. E que sempre, sempre, saiba que pode contar comigo e com o Enos para tudo que precisar.

Que mesmo que meu colo fique cada vez menor, ela sempre caberá nele.

Que mesmo que venham tristezas ou preocupações, ela sempre vai poder correr para nossos braços.

Que toda alegria que ela sentir, toda conquista que ela realizar, seu pai e eu estaremos vibrando. Por ela.

Que aconteça o que acontecer, o amor que temos por ela não acaba nem diminui. Só cresce, dia após dia.

Feliz Aniversário, rainha Hadassa!!!