fevereiro 28, 2011

Oscar

Quem não gosta/não liga/não suporta o assunto já pode ir fechando a janela, aviso que o post de hoje vai ser todo sobre o Oscar.

Pela primeira vez na história, assisti a cerimônia toda. Ou melhor: fui acompanhando pela internet mas sem conseguir assistir. Não achei onde transmitisse a câmera central mesmo, só a dos comentaristas e do agradecimentos e tal. Mas valeu.
E também pela primeira vez estava torcendo por um (vários) filmes.

Ontem à tarde estava caminhando por Larchmont aproveitando o solzinho gostoso de fim de inverno e pensando o que fazer. Passei na porta do (único e minúsculo) cinema e me chamou a atenção do filme "King's Speech" (discurso do rei). Oras, já tinha escutado esse nome, sabia que era um dos filmes que estava concorrendo, mas nem tinha tido curiosidade de ver de que filme se tratava. E de repente vejo que é sobre o rei George VI, 1935, Inglaterra, Colin Firth, Geoffrey Rush e Helena Bonham Carter. Pááára tudo! Como assim só agora fico sabendo? Eu aaaamo história, adoro sotaque britânico (apesar de que, sem legendas a compreensão piora levemente) e adooooro Colin Firth. E gosto muito dos outros dois atores principais. Decidi o que fazer da minha tarde de domingo! Fui ver o Discurso do Rei.





(Parêntese para descrever a situação no cinema de Larchmont: charmosinho e num estilo antigo, a sala era bem pequena mas boa, e o público era 80% velhinhos. Também, que mais poderia ser na sessão de 3:15 da tarde? Mas mesmo assim me surpreendeu a quantidade de velhinhos no cinema.)

Gostei, gostei muito mesmo, virou meu favorito ao Oscar na mesma hora. Uma história bem contada, atores ótimos, a fotografia então, linda e muito bem feita. Muito bom gosto.

Então fiquei até o fim dos Oscar e pulei de alegria quando o Colin Firth ganhou e quando o filme ganhou o prêmio principal. Obaaa!
Pena que o Rush e a Helena B. Carter, que também estavam concorrendo em ator e atriz secundários não ganharam. Estiveram muito bem. O Geoffrey Rush me surpreendeu tanto, tanto! Eu que fiquei para sempre com a imagem dele como o implacável capitão Javert (em Os Miseráveis).
Mas se o Colin e o filme ganharam (e o filme também levou outros Oscars pelo caminho) estou bem feliz. Isso porque antes de ontem neeeem sabia do que se tratava. :P

Em tempo: minha torcida também era por Inception, que muito merecidamente ganhou por efeitos visuais (e outras categorias mais). Muito justo! Mais um filme muito do bem feito e sem comparação em efeitos visuais. E Harry Potter até estava na lista. Pfff! Cai fora, maguinho de meia-tigela!
E também estava torcendo por "Rede Social", sobre o cara que criou o Facebook, e que tirou bons prêmios também. Mas estava torcendo porque vi o filme e porque a história do moleque é incrível, mas o filme em si não me pareceu um filmaço em questão de produção, etc. Levou Oscar de Roteiro, o que achei justo, e não sei que outros mais. Ah, o de música também, mas nem me lembro que música tinha esse filme. :P

E foi isso.

Acharam que ia comentar os figurinos, os penteados e os melhores/piores vestidos?
Pfff!
Tenho mais o que fazer.
Até porque, como alguém disse no twitter ontem, "vocês aí criticando a mulherada no Oscar, estão tudo de camiseta de político e all star que eu sei" (eu teria escrito "havaiana velha" ao invés de "all star", mas tudo bem).

Só vou dizer que não gostei foi da Scarlett Johanson. Mas ela não acerta nunca mesmo, não é novidade. Hahahaha.

fevereiro 23, 2011

De cabelos e mais

Cara, meu cabelo tá gigante. Cresce rápido o danado.
Mas é que eu perco muito cabelo, e daí meu corpo, que é espertinho, se ajustou à taxa de perda diária e produz mais cabelo para suprir! E daí cresce mais rápido!

Tá, e daí?

E daí nada, só um comentário aleatório. O blog é meu, certo? Pois eu falo do meu cabelo se quiser, oras!

Hahahahhaha.

Está sendo uma semaninha tranquila, segunda foi feriado (President's Day) e me deram livre, mas como nevou de noite e eu não estou podendo gastar nem um dólar, fiquei em casa o dia todo, lendo e arrumando minhas coisas. Meu quarto ficou bonito de se ver! E isso é raro.

Mentira, pelo meiodia fui rapar neve também. Porque, né? Em casa o dia todo, os hosts também, neve caiu... tem que mostrar serviço, ou pelo menos que me importo com o bem estar de todos. Ainda bem que meu host teve a mesma ideia na mesma hora, então fizemos metade cada um. Hohoho.

Daí trabalhei ontem, hoje e amanhã dia inteiro, vai ter sexta à tarde (não estou mais acostumada, ai ai) e sábado de noite várias horas! E ainda vai sobrar umas horinhas para quando eles precisarem. Ê lerê!

E um dos meus cursos foi cancelado, puxa vida... vou ter que achar outro para completar as 60 horas. Mas são todos tão caros! O que foi cancelado era o mais legal, era baratinho e dava 12 horas. Nhé. E já tinha comprado todo o material!

Mas nhé, se uma porta se fecha, uma janela se abre. Só tenho que decobrir onde e torcer para que seja num andar baixo preu conseguir entrar.
Senão, consigo uma escada.

Bom, deixa de falar abobrinha. Vou voltar para meu livro que está bem interessante.
Estou lendo: 1776, o autor é David McCullough. É sobre a revolução da independência americana. Comprei quando estive na Philadelphia esta última vez. História, minha paixão (se minha professora de 5a série lesse isto, caía para trás).

Boa noite!

fevereiro 20, 2011

Blogagem Coletiva: Ser ou não ser au pair?


Já são bem poucas (se é que atualmente há alguma) as au pairs ou futuras au pairs que leem este meu singelo bloguinho. Mas como a Luanda falou disso no último post e eu gostei do assunto (e também tenho meus pitacos), decidi transformar o post dela no início de uma blogagem coletiva (metida eu? nhem).

Como a Lu falou, ser au pair não é para todo mundo. E com isso não estou falando do fato de que os requisitos incluem ser moça solteira, sem filhos, com 18 a 26 anos, inglês viável e carteira de motorista. Não. Eu estou falando de outra coisa.

Ser au pair é para aquelas que estão dispostas a se sacrificar.

Porque morar na casa dos outros custa. E como custa!

Porque você vai ter um quarto para você e provavelmente um banheiro, mas não vai poder nem pensar em reclamar de barulho das crianças correndo na frente da sua porta quando é sua manhã off e você quer dormir.

Porque não é a sua casa, e isso significa que você vai se sentir pouco à vontade em mil situações, como quando tiver vontade de comer uma coisa especial mas vergonha de usar a cozinha deles ou na frente deles, ou de assistir televisão na sala, ou de comer algo que não sabe se pode, ou até de pedir para trocar uma lâmpada que queimou no seu quarto (acredite, dependendo de como está sendo a semana dos teus hosts, você pode preferir adiar um pedido bobo desses por vários dias).

Porque durante o ano a situação muda pelo simples desenrolar dos acontecimentos: o seu horário pode ficar maluco de acordo com a necessidade deles, ou eles decidem mudar de casa, fazer reforma (pode ser bem chato!), adotar gatos (meu caso! nada agradável), trazer a vovó para morar junto e dividir seu banheiro, enfim, mil coisas que não foram acertadas antes de você vir, porque simplesmente apareceram depois.

Porque você vai ter que aprender a fazer muitas coisas, e a lidar com crianças americanas. Leia: VOCÊ VAI TER QUE APRENDER A LIDAR COM CRIANÇAS AMERICANAS. Por mais que você tenha 5000 horas de experiência com crianças no Brasil, é diferente. Believe me, na America é diferente.

Porque você vai trabalhar, e vai trabalhar muito. E não é de segunda-a-sexta como você provavelmente está acostumada. Muitas vezes os pais vão querer sair no sábado à noite e quem fica com as crianças? Você, é claro. É seu trabalho.

Porque você vai querer chorar de raiva ou de saudades, e vai fazê-lo, muitas vezes. E muitas vezes vai querer falar com alguém familiar, um amigo, alguém da sua família, e vai descobrir que está todo mundo dormindo porque a diferença de horário com o Brasil é de 3 horas para mais*.

* Isso no fuso do leste no inverno, ou seja, de novembro a fevereiro, que é coincidentemente a época mais chata e depressiva do ano, sem contar as festas de fim de ano. Nos outros fusos horários, a diferença é maior ainda, podendo ser de 6 horas.

Porque você vai perceber que, por mais que a family seja amável e te faça sentir bem, eles não são sua família. São teus patrões, mas você mora com eles. É uma situação ímpar. Não tente comparar com seus chefes anteriores nem com seus pais. Não é nem uma coisa nem outra. Prepare-se para não ser convidada a viajar com eles (às vezes sim, conheço quem também já viajou por diversos países com a family, mas nunca aconteceu comigo), para não ter a quem abraçar e para fazer do seu quarto sua residência completa. Afinal, para manter sua sanidade é importante ter um canto para onde "fugir" no fim do dia. :)

Você vai estranhar no Natal, no Ano Novo, no seu aniversário e no de cada um de seus queridos. Porque vai estar todo mundo reunido e talvez você até os veja na webcam, só para se sentir mais só.

Porque as pessoas na America esperam de você. E esperam, em geral, mais do que você acha que esperam, e mais do que você acha que devia fazer. De uma maneira geral, o primeiro mês (às vezes só os primeiros quinze dias, ou até só uma semana) são um mar de rosas, todo mundo se adaptando, seus erros são desculpados brandamente, suas responsabilidades bem explicadas e a paciência de todos costuma ser mais farta. Depois do primeiro mês (ou quinze dias, ou semaninha, depende) as coisas começam a mudar de figura e você começa a perceber cobranças, perguntas e listinhas de tarefas que te transformam num polvo de oito braços. Podem surgir conversas com os hosts que vão de pequenas reuniões para te elogiar e te corregir um pequeno detalhe a broncas um pouco mais sérias. É nesta fase que o sistema nervoso das au pairs passa pelas provas mais duras, e em geral é a fase em que as families pedem rematch (não todas!!! só uma ou outra, ok? hauahaua). Como falei, esta fase pode começar um mês, quinze dias ou uma semana após a au pair chegar, e vai mais ou menos até os 4 meses.
Depois dos 4 meses (sendo que às vezes vai até os 6, mas as meninas que passaram por essa situação que eu conheço pediram rematch) as coisas se tornam mais brandas. Um pouco foi a family que aprendeu a aceitar algumas das suas manias (você as tem, não adianta esconder ou dizer que não), mas principalmente porque você aprendeu algumas das deles e se adaptou ao ritmo da casa. Por isso, do 2o ao 4o mês é o período que mais exige da au pair... o processo pode ser um pouco doloroso, e é a fase onde mais crescemos e amadurecemos... ou caimos fora.
A boa notícia é que depois desse período, como já disse antes, as coisas tendem a se tornar mais brandas, mais negociáveis, você passa a rir mais com eles, a conversar melhor e a não estar mais tão tensa.

Se adaptar, se adaptar, se adaptar! Estar disposta a aceitar condições não tão divertidas de trabalho, mudanças de planos, recorrentes atrasos ou sobrecarga nas horas, crianças doentes, manhosas (toda criança tem fases, não vai ser o menino mais comportado do mundo o tempo todo!), que não querem comer/dormir/tomar banho/tudo isso junto, dias ruins (mas quem não os tem, seja lá no emprego que for?). Aprender a se virar em muitos aspectos. É um exercício de todos os dias.

Mais uma coisa: se bem que o programa aceita meninas de 18 a 26 anos, não recomendo o programa para ninguém que não tenha pelo menos 21. Sério.
Ah, mas eu sou madura, eu sou crescida, eu criei meus irmãos/primos/sobrinhos/já fui treinadora de tigres no zoológico, eu tenho 19 anos.
Não venha. Ponto.
Espere 2 anos. E daí venha.
Porque, veja bem, e não querendo ser chata. Eu tenho 26, cheguei aqui com 25, para cuidar de um bebê de 2 meses de idade. Se tivesse 19, 20 anos, não escolheria, por nada deste mundo, ter essa responsabilidade.
O que dizer de quem tem 3 kids, de sei lá, 2, 4 e 7 anos. Que tem que dirigir os de 4 e 7 até a escola, mas com o terceiro no banco de trás porque não pode deixá-lo sozinho, mas para isso precisa convencer o de 2 anos (que se acha independente e está na idade dos terrible twos, de birras sem pé nem cabeça, e possivelmente em pleno potty-training ou "treinamento de penico") a se deixar colocar sapatos e sentar na cadeirinha do carro, e o de 4 (que está na idade do choro por qualquer coisa) a parar de fazer manha, largar a sua perna (ele vai estar agarrado nela, sem deixar você se mexer e chorando descontroladamente) e entrar no carro também. Antes dos 21 você não tem maturidade emocional para lidar com esse tipo de situação. Em inglês. Acredite. De todas as au pairs que já vi desistir pelo caminho, 90% tem até 21 anos.

Acrescente a isso uma ideia do que fazer se uma criança engasga. Como chamar a emergência e fazer um procedimento qualquer, manter a calma para escutar e executar instruções. E mesmo o fato de dirigir com crianças no carro. Não quero desencorajar, mas nem sequer fazendo um esforço de imaginação você vai conseguir mentalizar os diversos percalces que você passará no dia a dia. Mais uma vez, em inglês.

Se você chegou até este ponto do post e não fechou a janela do blog em franco desespero, parabéns!
Tratei de pintar na primeira parte tudo que há de pior na vida de au pair, porque muitas meninas chegam aqui com muitas ilusões, com uma ideia muito vaga da vida que levarão, pintando tudo como nuvens cor-de-rosa, e quebram a cara porque ninguém falou com elas claramente quando estavam pensando em ser au pairs.
Mas nem tudo está perdido. Agora vou te contar a parte boa.

Au pair não ganha muito. Fato. Isso, se for comparar com o que ganha uma nanny aqui nos EUA. E vai fazer basicamente o mesmo trabalho, pela mesma quantidade de horas. Masss... tem casa, comida, e roupa lavada (por ela mesma). Além disso, às vezes tem carro com diversos graus de permissividade, telefone celular quase que à vontade (não para ligações internacionais, ok? Ah ta), wi fi, computador emprestado até você comprar o seu (se você não trouxer um, vai acabar comprando mais cedo ou mais tarde. 100% de certeza), seguro saúde e diversas outras facilidades. Sem pagar um centavo. Dizer isso nos EUA é muito dizer, porque aqui o custo de vida é alto. Mesmo.
(Falta dizer: nem se iluda achando que você custa pouco para a family... além de seu pagamento, eles pagam uma boa fatia para a agência. Não ache que está sendo explorada por isso, como já vi meninas se queixarem por aí, afinal, a agência é o elo que te possibilita estar aqui por um ano com todo o conforto e os benefícios da legalidade).

A vida de supérfluos aqui (80% do seu pagamento vai para supérfluos, podecrê) é muito boa. Todas as au pairs viajam muito mais em 1 ano aqui do que em 5 anos no Brasil (ou mais), compram computador, câmera fotográfica, ipod, ipad, etc, além de roupas, sapatos, Victoria's Secrets, maquiagem, livros, e muitos etc mais, dependendo qual for o "veneno" de cada uma. Conhecer lugares diversos, seja em viagens sozinha, com outras au pairs ou com a family é algo fantástico, você vê, vive, cresce, chora e ri, realiza sonhos. É muito bom mesmo!

As crianças podem ser muito carinhosas e você vai se divertir com elas. Como já disse antes, isso não será 100% do tempo, mas vão haver bons momentos. Pode ser muito recompensador escutar um "I love you" de seus kids, ou ver que aquele bebezinho que dormia o dia todo quando você chegou, agora vem correndo dizendo teu nome e te abraça.

Você cresce, cresce, CRESCE! Seu inglês melhora muito, seja este seu objetivo ou não (não era o meu, foi apenas consequência), perde a vergonha de falar e não ser entendida, tentar de novo e acabar falando coisa errada, ver pessoas rindo de seu sotaque e perguntando de onde você é. Conhece otras au pairs do mundo todo e também brasileiros que moram por aqui, e que tem as histórias mais incríveis. Faz amizades intensamente. Começa a falar sozinha (9 em cada 10 au pairs que conheço dizem isto), aprende a ser organizada ou tapear muito bem (fico com a segunda opção, hahaha), e mil outras coisas. Cada dia pode ser uma nova experiência, ou pode ser uma sucessão de semanas que cai na rotina sem muito para contar (isso principalmente nos períodos em que você está economizando). Pode ser que você conheça neve, mas believe me, depois das 2 primeiras nevascas perde a graça e fica chatíssimo.

Que mais? Bom, com certeza tem mais coisas, mas o post já está gigante, e deu para passar o básico. Vou só citar aqui um trecho do post da Luanda que me pareceu muito certo:
enfim, depois de contar [quase] toda a minha história, se acho que vale a pena?VALE. e muito. mas esteja disposta a fazer coisas que NUNCA fez ou achou que teria que fazer na vida; controlar seu gênio forte e mau-humor; crescer e AMADURECER; TRABALHAR DURO; contar somente com você mesma pra certas coisas; tentar não dividir todos os problemas com a sua família no brasil [eles estão de mãos atadas e não vão poder ajudar e muitas vezes nem te entender; tenha ao menos UMA AMIGA AU PAIR com quem vc possa dividir coisas que ela vai entender perfeitamente]; aprender a economizar [se vc n fizer, ninguém fará por vc]; e claro, SE DIVERTIR, afinal, nem só de trabalho nós vivemos, não é verdade? 
segure as pontas e ande na linha, não dê motivos pra reclamarem do seu trabalho, dê o melhor de si, faça um esforço a mais... e no fim, vc só terá a ganhar. EU GARANTO que vale a pena! ;) 
Vale, vale a pena SIM. Mas só se você estiver disposta a deixar aquele seu EU egoísta, reclamão, preguiçoso e cheio de mimimi de lado. Todas nós temos um lado assim, em maior ou menor grau, e isso não se adapta à vida de au pair. O aprendizado pode ser duro, mas vale a pena. Lá se vão quase 16 meses desde que desembarquei aqui, e mal reconheço a garota que chegou. Esteja disposta. Esteja aberta a mudanças. Mude. Não tenha medo de mudar. Você não vai perder seus direitos ou sua identidade por causa disso, só vai se libertar de coisas que julga necessárias, mas que quando olhar para trás, vai ver que não eram. E isso não significa que vai se deixar pisotear, afinal você conhece as regras do programa e os direitos que te são garantidos. Fora isso, seja flexível. Exercite a paciência, o bom senso, abra a mente, prove (comidas, cores, lugares, roupas e sapatos!). Escolha seus novos favoritos!

E mais um último conselho: quando os dias ruins vierem (eles virão, believe me), não se afunde em drogas chocolates. Porque depois o tempo ruim passa e os pounds a mais ficam. E você vai passar o resto do ano tentando perder esses traços do estresse e da ansiedade dos primeiros tempos. :)


* Foto 1: Com Day, Isis e Ariane, no dia que despedimos a Day. Ela já voltou para casa, em 3 meses será a Isis, em mais alguns meses a Ari e finalmente eu. Amizades fugazes, apoio de quem entende exatamente pelo que você está passando e a promessa de se encontrarem no Brasil depois. Isso é muito bonito.


* Foto 2: Com a Maria, minha BFFAP (best friend forever au pair), quando reviramos a Califórnia de ponta cabeça. Ela já voltou para o Brasil, o que me causa profunda saudade.

fevereiro 15, 2011

Manhattan

Então, que estou passando uns dias em Manhattan porque uns amigos dos meus hosts viajaram e nós 'ocupamos' o apê deles. Hohoho.
Que é lindo, lindo.
Quero ficar aqui todos os 8 meses e meio que me restam aqui.
Porque ó, eu gosto de Larchmont, mas aqui tem o Central Park a 3 quadras, o museu das crianças a 5, e restaurantes, lojas 24 horas, supermercados super completos a poucos minutos de caminhada, o metrô logo ali... é tudo tão fácil! (fácil gastar dinheiro também, mas vá lá, é NYC!)
Então eu quero mais é ficar por aqui. :P

Primavera: os sinais já se veem. A neve e gelo acumulados vão derretendo aos poucos, o que não quer dizer que não venha mais por aí, talvez semana que vem, estão anunciando que pode cair mais neve.
Mas é bom ver os montes que estão acumulados se derreterem. Dá uma sensação de alívio, de desafogar as ruas. Bom, é diferente aqui em NY... a neve não se acumula tanto como lá no interioRRR onde a gente mora, mas mesmo assim no parque e nos cantinhos algo fica. E é aquele gelo já sujo pela poeira, fuligem, sujeira do dia a dia da cidade, tudo preto.
E os passarinhos começaram a aparecer, o que já é um sinal forte da primavera chegando.
E hoje também vi (e parei para tirar foto, of course) dos primeiros brotinhos nas árvores. Só lembrando que quando a primavera deslancha mesmo, todas as árvores soltam brotos ao mesmo tempo, é uma explosão de verdes, rosas, amarelinhos... e a maioria da população (os assumidamente alérgicos e mesmo os que não são) ficam com olhos vermelhos, inchados, narizes coçando e escorrendo. Alguns pensam em arrancar os olhos e pendurar do lado de fora até a coceira passar, é mesmo bastante incômodo... mas é por uma boa causa, a primavera vem aí!

E é isso...
Está lindo aqui.
Tudo calmo, tudo beleza, e a beleza das pequenas coisas do dia a dia acontecendo.

fevereiro 09, 2011

Desenhando

Então, um dos cursos que vou fazer, aliás, o primeiro deles, é de desenho.

E faz muito, muito tempo que não desenho.

E para a primeira aula eles já pedem que leve algum material recente para avaliação.

Então, estou desenhando um pouco.

Mas custa retomar viu? Custa! Cada traço fica esquisito, eu que tinha tanta prática que em 5 minutos fazia um croqui direitinho, com detalhes. Está levando horas! Huahauhaa.
Mas me sinto bem de estar fazendo isto. Eu gosto, pena que não tem tanta utilidade. Apesar dos 8 semestres de desenho que temos na faculdade, na vida corrida da indústria mal se usa o desenho artístico.
Pelo menos, no que eu trabalhei.
É que essa parte da criação é bem romantizada na mídia. Uma coisa meio 'escritório da Cruella de Vil', coisa assim. Não sei se em empresas mais chiques, maiores, com uma equipe mais completa, talvez isso exista. Anyway.

Então, estou desenhando e assistindo seriados.
E me surpreendendo com a veracidade do ditado: Se a carapuça lhe serve...
Tem uns e outros que descobriram que a carapuça foi feita sob medida. Hohoho.
Mas não vou entrar em detalhes porque não vale a pena. Aliás, não sei até que ponto este último parágrafo vale a pena. Mas vou deixar registrado mesmo assim, para mais pra frente lembrar do 'dia em que a carapuça serviu' e saí da maneira mais elegante, por cima. Intocável. Porque não preciso, e não mereço, fantasmas assombrando minha vida.

Ahhh que beleza!

fevereiro 06, 2011

Frio e chuva, e mais coisas.

O assunto está ficando chato, eu sei, mas se não falar uma e outra vez, como vou ler daqui a um ano, quando estiver em Terra Brasilis torrando de calor e sentindo saudades do inverno? Preciso ler e me convencer novamente de que o inverno aqui é pesado, eterno, frio, frio, e mais frio. E cheio de neve, e gelo escorregadio, e mãos ressecadas por causa da calefação, e tudo mais. E Farenheit. E assim, ficar contente com o que tenho. Antecipação feelings é o que há.

Hoje fui à igreja, como todo sábado, e foi muito bom... acho que finalmente aprendi a montar todo o som, já que esta semana o senhor que costuma fazer essa parte (e que eu só ajudo carregando as coisas) vai ser operado do joelho, portanto eu vou ser a responsável. Medinho.
Agora, além de "Secretária", sou também "Assistente de Comunicação". Chique no úrtimo.
E ainda canto, quando me chamam para o louvor. Quem me viu, quem me vê.

Depois me trouxeram em casa, debaixo de chuva, só fiz tirar casaco e botas e correr para o banho, e depois me enfiar debaixo das cobertas. Ohh delícia! Será que tem coisa melhor num dia chuvoso do que se enfiar debaixo das cobertas? Teria, um brownie recém saído do forno teria sido a cereja do bolo, mas... lá vai de novo a gorda e seus pensamentos gordos. Não teve brownie nem nada disso.

Aí depois trabalhei, mas foi bem tranquilo porque o menino estava dormindo. Passei duas horas cozinhando uns vegetais, e só.

E agora que falei em brownie deu até água na boca, que coisa!

E esta semana vai ter NY Fashion Week. Deveria fazer jus a minha profissão e ir assistir pelo menos um desfile, né? Quero ir, de boa, mas e a preguiça de enfrentar gente louca? E as filas? E a pouca vontade de pesquisar como faz para ir, se pode qualquer um, se precisa de ingresso e onde descola? Hein? O que faço com tudo isso?

Vou pensar no assunto.

Ah, o template. Fiquei de passar umas coordenadas para quem está na mesma situação, então vão alguns links que me ajudaram:
O Snazzyspace tem diversos fundos, muito bonitos, foi de lá que tirei esse simpático vermelho-de-bolinha-branca. Servem para outros usos, não só para blog, e pode criar o seu próprio fundo. Bem fácil de usar.
Esse aqui é um tutorial que explica como fazer templates, banners e outras coisinhas para sites, para quem quer entrar numa aventura webdesign. Não usei esse, porque no fim meu irmão me deu uns sinais de fumaça no photoshop (assistência online é para quem pode, meu bem), e acabei não usando. Mas parece bastante fácil de seguir e bem explicadinho.
E foi só isso mesmo, até porque não tenho muita paciência para ficar mexendo com template e não gosto de coisas muito complicadas, que ficam uma década para carregar o site, musiquinha no blog mesmo, nem pensar! Uó. Haahauha.

EM TEMPO: Para não dizer que não fui atrás, descobri que pensar sequer em botar meu narizinho empinado dentro do Lincoln Center para ver qualquer coisa do NYFW é uma missão quase impossível, e como não tenho paciência, hei de continuar minha caminhada sem essa no meu currículo. Pode até ser que passe domingo à tarde por lá a caminho do parque só para ver como está o movimento. SÓ.

fevereiro 04, 2011

Finalmente!

Aproveitando o dia livre, fiz as fotos (tirei trocentas para no fim ficar com 12 e delas selecionar só 3 para o banner mesmo), fiz o banner, e troquei o template. Que tal?
Foi toda uma produção. De uma pessoa só. Modelo, maquiadora, figurinista, fotógrafa, editora de fotos, produtora, designer gráfico... hauhauha tudo em uma pessoa só!

Boas notícias: aparentemente (diz a lenda e a fatura do cartão de crédito) minha inscrição para os cursos deu certo. Que bom! O primeiro começa dia 20 e é um masterclass de fashion drawing studio. Mal posso esperar! Preciso comprar os materiais.

Ai, tive um sonho tão bonito hoje... minha irmã e meu irmão vinham aqui me visitar. E de surpresa! Eu ficava tão feliz e atordoada que fazia mil perguntas, quanto tempo iriam ficar, o que queriam ver primeiro, estava eufórica. Huahauhaa.

E meus músculos dos braços e da barriga doem, doem, doem. Tudo por causa do skibunda de ontem. Mas continuo achando que valeu a pena e que foi um dos melhores dias do inverno.

Ah, e a tal da marmota (groundhog) não viu a sombra, então se espera um early spring, ou seja, que a primavera chegue cedo. Yay! Tadinha da marmota, judiam dela. Que nada, essa aí vive a pão-de-ló e bem melhor do que as marmotinhas selvagens. :P

Bom, depois dessa mistureba toda (vocês me conhecem, meus posts nunca tem nem ordem, nem coesão) me despeço desejando um FELIZ SÁBADO para todos vocês.
Bjos!

fevereiro 03, 2011

Gelo divertido

Ontem caiu aquela chuvinha de leve, meio chuva, meio neve, meio gelinhos miudinhos. Depois a temperatura caiu para -6C de noite e hoje.

Sabe o que isso significa?

Que hoje tinha uma camada de uns 3 cm de gelo. GELO. Puro. Por cima do meio metro de neve de todas as outras vezes anteriores, que nem pensa em derreter ainda.

Daí eu peguei o garoto, agasalhei bem, me agasalhei também, calcei nossas botas de neve sem as quais a sobrevivência por aqui seria impossível, e saí. Para testar, subi em cima do meio metro de neve + camada de gelo por cima, que não suportou meu peso e se quebrou. Afundei até o joelho em neve fofa. Huahauha.
Daí percebi que, se o gelo não suportava o peso dos meus pés, pelo menos devia suportar o peso distribuído. Então sentei no chão e, dito e feito, deslizei bonito pelo gelo, que não se quebrou. E estava escorregadio, apesar de não perfeitamente liso! Maravilhoso. Uma forma bem caseira de skibunda.
Quando vi que era mais ou menos seguro, catei o bebezão e o sentei no gelo também. No início ele estranhou, puxei pelo pé, ele adorou, pediu mais. 2 minutos depois ele mesmo apoiava as mãozinhas no chão e se jogava pra frente. Um fofo!

Brincamos de monte! Onde o plano era inclinado parecia um escorregador, o menino pedia para ir uma e outra vez, e eu tinha que carregá-lo para um ponto favorável, sem apoiar o pé ou o joelho, senão o gelo se quebrava. Na verdade, aí sim que era divertido. Eu sei que a gente se divertiu tanto, nem sei dizer quem mais: se ele ou eu.

Então, o dia que foi inteiramente cocô para os que tiveram que dirigir ou andar por aí, para mim e para o baby foi o melhor do inverno.

fevereiro 02, 2011

Mais ou menos assim.

Não tem layout novo porque não tirei as fotos hoje. Estive sem tempo nem disposição para as fotos e meu cabelo está rebelde porque não deu tempo de secar com secador e deixei secar ao natural. Se rebelou.

Quem sabe amanhã.

Esta noite vem mais neve. Não tem mais onde enfiar neve.

Eu quero ir pras Bahamas e esquecer esta %$&$@#$ neve.

Mas tô pobre.

E tenho que trabalhar.

E pensar que ainda tem mais dois meses de inverno... ai ai... /suspiro/.