janeiro 22, 2016

Dos efeitos de uma alimentação sem açúcar

Ou: O assunto não acaba mais.
E vou te dar uma pista: não vai acabar tão cedo.

Mas vamos lá.
Me perguntaram nos comentários que mudanças senti ao extrair o açúcar da minha alimentação.

Vou confessar: esperava mais assim, de primeira.
Tipo, me sentir irradiando vitalidade e energia, uma vontade imensa de fazer exercício, de pular de para-quedas, uma coisa assim.
Não foi isso tudo que aconteceu, até porque, pensando bem, seria um pouco surreal não é mesmo?
O corpo leva um tempo para se acostumar a tudo. Precisa desintoxicar, tirar o lixo, se habituar à casa varrida, ao combustível limpo. Por isso precisa dos longos dois meses para estabelecer o hábito.
E além do mais, os benefícios a longo prazo, ao longo dos anos em ganhos com saúde, menos infecções, inflamações, alterações diversas, envelhecimento precoce, ausência de doenças, é que vão ser os mais notáveis.

Mas vamos lá.
Na primeira semana (ou a bem dizer, nos primeiros 10 dias, por aí) senti muita maior necessidade de fazer xixi.
Não é comum fazer xixi com a frequência que estava fazendo, mesmo tomando bastante água (como estou), no calor de janeiro. Como suamos bem mais, a necessidade de fazer xixi diminui no calor. E estava quente por aqui nos primeiros dias, viu?
Mas então, teve o efeito xixi, que depois diminuiu e agora está se adequando à frequência anterior.

A pele: está ficando mais lisa e uniforme. ESTÁ FICANDO, note bem. Aos pouquinhos.

A energia: tem dias que acordo disposta, faço um suco verde e saio tomando enquanto vou ao trabalho quase saltitando.
Tem dias que me arrasto para sair da cama e não tenho a menor coragem de preparar nada, pego uma banana e saio.
Tem dias (tipo ontem) que após o almoço parece que morri e esqueceram de enterrar, de tããão mole.
Sério, uma coisa de louco.
Não sei o quanto disso é relacionado com o açúcar, mas talvez meu corpo estivesse acostumado a aquele docinho pós almoço para dar um gás, e está sofrendo pela falta dele.
Mas logo acostuma e deixa de sentir falta. Confiemos.

O psicológico: esse sofre um pouco.
O primeiro problema é que costumamos confundir açúcar com afeto.

Repita comigo: AÇÚCAR NÃO É AMOR.
AÇÚCAR NÃO É AMOR.
AÇÚCAR NÃO É AMOR.

É só carboidrato vazio. Não é amor.
Amor é outra coisa.
Então, vamos fazer o exercício diário de não usar o açúcar no lugar de amor.
Você não demonstra que ama os outros (ou a si mesmo) com uma caixa de chocolates.
Demonstra com atitudes no dia a dia.
Enfeita com beijos, abraços, palavras, afagos. Não com doces.
Então, só mais uma vez: AÇÚCAR NÃO É AMOR.

O próximo problema é que colocamos açúcar como recompensa.
"Eu mereço".
"Vou me mimar".
Com doces.
NÃO.
Se mime com um livro. Um filme. Um passeio. Um pôr-do-sol. Uma conversa interessante. Um produtinho cheiroso, um batom que te deixe poderosa. Mas não um doce.
Você não merece isso.
Nem precisa.
Isso é só uma substância que vai te fazer mal, disfarçada em sabor agradável.
Ame seu corpo. Ele é capaz de coisas maravilhosas, se alimentada com o combustível certo.
Ame seu corpo = ame a você.

[Dito isso, preciso confessar que ontem fraquejei e comprei um tabletinho de chocolate meio amargo. E esta semana, saindo um pouco mais tarde do serviço e sem vontade de cozinhar coisa alguma, jantamos uma gordurosa pizza no shopping. Que não tem açúcar -em teoria- mas não é nada saudável. Isso para ressaltar que apesar dos meus esforços por ficar na linha, não sou nenhuma musa fitness comedora de capim - prima da bela gil - diferentona. Rsrs. Só pra zuar.]

Beijos e continuemos tentando!
19 dias!

Um comentário:

  1. Que legal, Mari, gostei das novidades, fazia um tempo que não aparecia aqui.
    Faz um tempo que só uso mascavo e bem pouco, fica tudo meio ruim no início mas... a gente acredita naquele bem maior, né, isso q importa. ;)
    Foooorça!
    Bj
    Fran

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