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Hoje é o dia 11.
Sim, estou contando.
Não, não estou sofrendo. Pelo menos não a maior parte do tempo.
Às vezes aparece alguma tentação e tenho que me lembrar do meu propósito e do quanto não quero jogar fora todo o esforço feito até aqui. É um desafio, é suposto que seja difícil!
Mas tem sido menos terrível do que imaginava, e não tem aparecido tantas tentações assim. Ou então sou eu que estou focada em outras coisas.
Por exemplo, tenho escolhido focar nas coisas boas que me permito comer, não nas que me proíbo.
Tento desafiar a imaginação a tentar coisas novas, diferentes, apetitosas.
Tento ter mais frutas frescas e secas à mão.
Não tenho comprado nada com açúcar. Nem biscoito, nem granola, nem pão, nem iogurtes, nem coisas aparentemente saudáveis. Nada de açúcar e ponto.
(O que me enganou foi o extrato de tomate. Achando que era isento, comprei, estava fazendo um molho, fui ler os ingredeintes e pá! Lá estava. A-ç-ú-c-a-r).
Tenho batido meu iogurte caseiro de kefir com fruta. Hoje, por exemplo, bati com manga e banana. Sempre gosto de pôr banana madura para adoçar. Por cima, aveia, castanhas e uvas passas. Ficou bonito, saudável e delicioso.
A Hadassa adora.
Em substituição ao pão, às vezes (com tempo, principalmente nos finais de semana) invento algo diferente. Não que tenha eliminado o pão, mas tento umas alternativas para variar.
Por exemplo, inspirada por este post do Maternidade Colorida, fui tentar fazer uma variação de tapioca. Infelizmente, quando fui ver os ingredients, tanto a chia quanto o amaranto que tinha em casa estavam bichados e tive que jogá-los fora. Como não sou de me render, misturei somente a tapioca com um queijo parmesão maravilhoso que meu pai me trouxe, ralado na hora, e coloquei na frigideira. Fiz disquinhos redondos mesmo. Ficou ótimo!
Alguns dias faço um suco verde para começar o dia. Couve ou cenoura e beterraba, bato com banana madura e alguma outra fruta que tiver em casa, de preferência para aproveitar aquelas frutas que estão perto de estragar. Às vezes umas folhinhas de hortelã ou "capim de trigo" também vão. Coloco numa garrafinha e saio para o trabalho, perco quase nada de tempo. E ainda deixo um pouco para quando a Hadassa acordar. Ela gosta bastante, mas como acabou de aprender a tomar líquidos no copo com canudinho, só quer saber de sucos mais ralos, coados, que passem pelo canudo. Enfim! Melhor do que nada.
Não ter biscoitos ou outras tralhas em casa ajuda. A noite é a hora mais traiçoeira. Mais de uma vez, depois do jantar e de ter levado a Had para dormir, vagueio pela casa procurando algo para mastigar. Se tivesse tranqueira, seria a primeira coisa que iria pegar. Agora sou obrigada a comer uma fruta ou umas castanhas, no máximo uma torrada com geleia (sem açúcar). Preciso fazer um peanut butter para essas horas, mas comprei o amendoim e não parei ainda para fazer. #fail
Tomar um chazinho à noite também ajuda. Esta semana passada fiz uma tentativa de latte com leite de coco caseiro. Ficou bom mas meh... poderia ficar melhor. Estes eu adoço com stevia em pequenas quantidades, ou alguns chás bebo sem adoçar mesmo, principalmente hortelã e erva cidreira.
Sobre o leite de coco caseiro: pessoas mais puristas dirão que é preciso comprar o coco seco, partir, retirar a polpa e bater com água. Se eu fosse fazer isso, desistiria provavelmente no "partir". Compro o coco ralado a granel, sem açúcar, e já está de bom tamanho. Esquento umas 4 xícaras de água e sem ferver, jogo sobre 1 xícara de coco ralado já no liquidificador. Bato bem e coo num pano de prato limpo. Pronto! Leite de coco quentinho e saudável, sem conservantes. Bem batido, fica espumoso e é ideal para o latte. E ainda tem a sobra de coco depois de coar, para usar em tudo que tiver vontade.
Fiz meu latte com cevada pois não bebo café, adicionei chocolate em pó, canela e baunilha. E stevia.
Mas faltou sei lá, alguma coisa. Ainda vou descobrir o que é.
E assim vai, a rotina de desintoxicação do açúcar.
Ah mas é muito radical. Ah mas não precisa retirar completamente. Ah mas a vida fica muito sem graça. Ah mas um docinho é bom.
Sim, é muito radical. Mas precisa ser feito de uma vez para reeducar o paladar e acostumá-lo novamente ao sabor das coisas, sem o açúcar mascarando.
Sim, precisa retirar completamente. Se trata de uma desintoxicação. Você não se desintoxica de algo permitindo "somente um pouquinho", não é mesmo?
Não, a vida não fica sem graça. Há inúmeros outros sabores por aí, é só ter boa vontade e procurar. E para aquelas coisas que estamos tão acostumados, que não vivemos sem, que precisam ser adoçadas, há outras alternativas: frutas que adoçam (frescas e secas) para as vitaminas, bolos e sorvetes, adoçantes naturais para os chás, etc.
Sim, um docinho é bom. Concordo. Sou doida por um bom brigadeiro! Bom para o paladar, não para a saúde. E no meu caso, esse "bom" estava se tornando "todo dia". Eu não estava mais vivendo sem meu "docinho" após a refeição. Já tentei "reduzir o consumo" diversas vezes, mas nunca deu certo. Estava precisando de um passo mais radical mesmo, e foi dado!
Quando os 66 dias passarem, esperemos que com sucesso, irei avaliar os resultados e voltar a me permitir uma tranqueirinha aqui e ali, mantendo o equilíbrio. Mas até lá, meu paladar e meu psicológico vão estar educados.
Mari, Parabéns pelos 11 dias!
ResponderExcluirQuando você menos perceber, já passou os 66 dias e você se sentirá muito melhor!
Já experimentou adoçar coisas com tâmaras secas? - Não sei quão comum é isso no Brasil, mas é super docinha na hora que der vontade de comer algo mais doce do que fruta.
Eu passei uma experiência parecida com sal. Tive que eliminar completamente e depois de alguns meses com sal zero na alimentação, a primeira vez que eu comi algo "normal" achei muito salgado. Até hoje a minha percepção mudou tanto que não como salada com sal, a gente sente muito melhor o gosto real dos alimentos.
Continue firme!
É isso mesmo! Obrigada pelo incentivo!
ResponderExcluirCheguei a comprar tâmaras ano passado quando fiz barrinhas de cereal caseiras (aliás, acho que vou ressuscitar essa receita, agora que estou na reeducação), usei para as barrinhas e depois por não saber no quê mais usar nem ter costume, acabaram esquecidas no armário. #fail. Talvez dê a elas mais uma chance, mas não é algo que tenho integrado na minha rotina. Uso muito as uvas passas, porque são mais práticas de "dosar", baratas, não precisa cortar, e eu adoro. E a minha menina também ama! Chega e vai pedindo um pratinho com uvinhas para ir beliscando. Já ameixas e bananas passas não são muito do meu agrado e tenho um pouco de siricotico de ficar pegando essas coisas "meladas" para cortar. Rsrsrs. As tâmaras achei bem grudentas, mas para algumas coisas acho que servem bem.
Uau. Adorei a iniciativa. Queria ter sua persistência.
ResponderExcluirMeu pão não leva açúcar branco, eu coloco um pouco de mel ou às vezes nem isso.
E vc podia passar algumas receitinhas pra gente né?! Vou adorar testar algumas coisas novas, ando meio sem inspiração!!
Beijokas
Oi Bárbara! Para mim está sendo um tremendo desafio, sou (era?) formiga assumidíssima. Mas não está sendo nem perto do "suplício" que imaginei que seria. Vou por algumas receitinhas sim, tenho que me organizar e ir fazendo isso!
ExcluirBjos!
Parabéns pela determinação Mari, quais melhoras em seu corpo já sentiu? Digo em relação à saude e disposição mesmo.
ResponderExcluirNem me imagino fazendo algo do tipo, sou a rainha do fast-food e aloka do açúcar.
Hahaha ai Bruna, sabe que eu não sou nenhuma "musa fitness", doce sempre foi meu ponto fraco e até ano passado nem cogitaria fazer algo assim. Mas sei lá, vi/ouvi/li tanto sobre o mal que o açúcar faz e tal (e demorei uns bons anos para me convencer que eu poderia sim, viver sem tanto doce), que decidi que gostaria de encarar o desafio. E aqui estamos!
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