setembro 18, 2012

De empregos que valem e não valem a pena

All right, let's catch up.
Depois que me demitiram do emprego em que estava, que amava, fiquei meio desorientada. Porque, né, ja fui demitida algumas vezes, mas esse realmente me deixou sem chão.
Logo comecei a distribuir currículos, mas apesar de que meus amigos todos garantem que meu CV é muito bom, ligação para entrevista que é bom, nenhuma. Cheguei a ir em alguns lugares, entrevista, e o papinho de que "você é bastante qualificada, e o que temos a oferecer realmente não vai pagar aquilo que você merece", e outras paráfrases do tipo. Ok então, bola pra frente.
Aí então, num site de classificados qualquer, encontrei um anúncio de escola de inglês bla bla bla. Mandei. Recebi uma resposta no mesmo dia. Fui. Comecei a trabalhar praticamente no mesmo dia.
Mas... não era o que eu queria. Soube logo no segundo dia. Trabalhar na parte comercial, ligando para pessoas no melhor estilo telemarketing, enchendo a paciência e os ouvidos do próximo com promessas de preços acessíveis e bolsas de estudos, não era o que tinha em mente. Sempre detestei receber ligações de telemarketing e, francamente, não foi para isso que meus pais se esmeraram tanto na minha educação.
Assim, conversei com Deus e a resposta foi clara: no que você QUER trabalhar? Vá atrás disso.
Fiz uma campanha ainda mais agressiva em prol daquilo que seria meu trabalho ideal. Aquilo que gosto de fazer, o que me realizaria.
E a resposta chegou? Chegou! Quer dizer, está chegando. Me ligaram, me entrevistaram... mas o projeto não estava pronto (e não está pronto ainda). Mas... está saindo.
Então, continuei naquele emprego que me deixava infeliz. Para ganhar uns trocados enquanto não saía o outro, pelo menos. Aguentei outras duas semanas, mas os superiores foram bastante pungentes. Cobraram, cobraram e cobraram, sem ao menos oferecer condições de trabalhar. Não tinha vale refeição, nem dinheiro para ir fazer as entrevistas fora da escola. Mas pressão para ir fazer essas entrevistas fora sim, tinha e bastante.
Não era para mim. Não era e pronto. Não era normal voltar para casa depois das longas (e eram muito longas mesmo) horas de trabalho chorando, em desespero. Não era.
Aguentei até o feriado. Decidi refletir e falar com Deus, e a resposta mais uma vez foi clara e deixou meu coração em paz: Não volte lá. Eu proverei algo melhor para você.
Não voltei mesmo. Liguei avisando que estava com outro emprego em vista, o que era verdade e continua sendo. Logo logo este emprego sairá. Que teria que ter esperado o novo emprego confirmar para sair daquele? Talvez sim. Mas a minha sanidade estava por um fio. E não foi uma decisão tomada sozinha. Deus está no comando.
Para atravessar um abismo de um pulo, primeiro é preciso recuar uns passos, tomar distância. Já falei isso por aqui. Continua sendo válido. Mais do que nunca.

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